segunda-feira, setembro 30, 2013

Autárquicas 2013. Os vencedores foram os abstencionistas presenciais.

 Quem ganhou as autárquicas foram de facto os abstencionistas presenciais, total Nacional 3091 eleitores*, link:

http://visao.sapo.pt/consulte-todos-os-resultados-das-autarquicas-2013=f750788



Por exemplo em Faro na freguesia de São Pedro/Sé houve uma abstenção presencial (incluiu 1 protesto manuscrito, em modelo da CNE) que foi a minha.

https://dl.dropboxusercontent.com/u/81099047/Blog/ProtestoEleitoralnr395161.jpg


Portanto quem andou durante décadas a mandar bocas foleiras, aos abstencionistas, do género:
- Foram todos para a praia;
- Foram todos para os copos;
- Estão-se lixando para as eleições;
- Etc.

Calem-se e lavem a boca com sabão azul e branco.


Nós os 3091 eleitores que nos  deslocamos às urnas nas autárquicas fomos corajosos e determinados.

- Corajosos porque sabemos que o nosso voto não foi secreto e não o foi porque nos tivemos de sujeitar a ficar registados nas actas da secção de voto.
Para a próxima agradeço que a CNE (ou o sr. ministro da administração interna) mande colocar a palavra abstenção nos boletins de voto que é para podermos meter a cruz no local devido e podermos ter o direito ao voto secreto (tal como todos os outros que votam)

- Determinados porque há anos que andamos lutando pelo direito da abstenção presencial (e muito mais) , sabemos que somos pioneiros em Portugal e que mais tarde ou mais cedo sofreremos represálias a nível local (aliás, há anos que eu tenho "comido as passas do Algarve", sei muito bem o que é ser discriminada.)

A luta pela abstenção presencial começou há anos;
A "batalha" ainda não está ganha;
A Legislação eleitoral tem de ser toda revista e alterada, a bem da democracia e da liberdade de escolha.

Os actos eleitorais são acima de tudo uma grande oportunidade que os cidadãos têm de escolher quem querem no poder local, regional ou nacional mas, para além disso é a única chance que nós cidadãos/eleitores temos de avaliar todos os que se candidatam (alguns já os conhecemos de ginjeira...).

Finalmente ganhámos o direito de nos abster-mos de votar em qualquer candidato que se apresente nos boletins de voto.

Para a próxima quando colocarem a palavra abstenção nos boletins de voto seremos muitos mais a votar.

Votar é um direito e acima de tudo um dever.

 Bem haja a todos os que deram a cara, a identificação e que se expuseram permitindo que o voto da abstenção tenha sido registado nas actas, ao invés dos restantes votos.

E não se esqueçam que têm o direito de protestar ou reclamar no dia das eleições.

Com os meus melhores cumprimentos.



 Aconselho vejam e oiçam o  vídeo constante na seguinte hiperligação:
http://www.tvi.iol.pt/videos/13964318

Ao B.E. quero manifestar a minha indignação perante este discurso de Ana Drago e peço para se deixarem de subterfúgios e falta de bom senso.

1.º - A.D. referiu que o I.N.E. informou que há «cerca de um milhão de eleitores fantasmas» 
                 Pergunto: - Então as listas de eleitores não foram devidamente actualizadas?

2.º - A.D. disse que «há o fenómeno da emigração de sectores significativos da população»
                 Questão: - Então os Portugueses não podem votar lá fora? , link:

          http://pt.radiovaticana.va/news/2013/09/02/emigrantes_portugueses_poder%C3%A3o_votar_nas_pr%C3%B3ximas_autarquicas/por-724824 

3.º - Esta sra. também disse que os abstencionistas (não presenciais, isto é, os que não meteram os pés nas secções de voto) «perderam a esperança e estão cansados», também referiu que por causa da chuva as pessoas não foram votar 
        - A sério A.D.? Então pode crer que para a próxima quando a C.N.E./D.G.A.I. tiver o bom senso de colocar a palavra ABSTENÇÃO nos boletins de voto (porque o voto é secreto) a V/conversa será outra.

 
Entretanto esperemos que a legislação eleitoral seja alterada principalmente porque há uns pontos básicos que carecem ser acertados (com carácter de urgência) que são os seguintes:

- a abstenção não presencial devia significar que as pessoas abdicam de se deslocar às assembleias de voto (ou porque não lhes apetece, ou porque foram para a praia, ou por causa da chuva, etc.);

- a abstenção presencial significa que as pessoas abdicam de votar em qualquer um dos candidatos constantes no boletim de voto por acharem que não são as pessoas adequadas para os cargos;

- o voto em branco passará a significar que as pessoas não sabem em quem votar (estão na dúvida) ou desconhecem os candidatos;

- o voto nulo devia significar que a pessoa não está bem psicologicamente por qualquer razão.


O acto eleitoral é um direito e é SECRETO, para além disso, é o único instrumento que os cidadãos têm não só para escolher os seus representantes no poder (local, regional, nacional ou europeu) como também para avaliar o desempenho de cada candidato (por exemplo: quando estes exerceram funções em órgãos públicos ou privados) , assim sendo, é lógico que, aquando do apuramento dos resultados, se as abstenções presenciais ultrapassarem os 50% do total dos eleitores  registados na CNE as eleições deviam ser canceladas, no caso das autárquicas só deviam ser canceladas as eleições locais  para que novos candidatos se apresentem para novo acto eleitoral.

Quanto ao método de hondt acho que foi bom no passado mas está ultrapassado, nada que um bom matemático não resolva  tipo com regras de 3 simples (ou algo do género).

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