quarta-feira, setembro 29, 2010

Qual o busílis de tanto contrato em série?

 Antes de seguir para aquilo que realmente aqui me trouxe gostaria de dar a definição de projecto.

O que é um projecto ? 
«Um projecto pode-se definir como um conjunto de actividades, implicando a utilização de recursos diversos, executadas para levar a cabo um determinado objectivo
Um projecto está normalmente associado a uma produção unitária, de elevado custo relativo e com um desenvolvimento limitado no tempo
São exemplos típicos de projectos:
- grandes obras pontuais: (pontes, barragens, edifícios, fábricas, aeroportos, centrais térmicas, ETARs, etc.)
- grandes obras lineares (estradas, vias férreas, gasodutos, linhas eléctricas MAT/AT, etc.)
- arranques de empresas ou novos negócios
- grandes reparações, manutenções ou 
“revampings”»
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Afinal para quando um estudo acerca dos Contratos de Emprego-Inserção (para Desempregados Beneficiários das Prestações de Desemprego) e de EMPREGO-INSERÇÃO + (para Desempregados Beneficiários do Rendimento Social de Inserção) e respectiva relação com os Projectos específicos de cada entidade pública ou privada, e por último, quais os benefícios que tudo isto trouxe para os cidadãos em idade activa para trabalhar, que ficaram desempregados, graças às más politicas laborais, e isentos do direito a um emprego digno e justo?
Será justo que entrem também neste estudo os Ex-reclusos ou pessoas que cumpriram ou cumpram penas em regime aberto voltado para o exterior ou outra medida judicial não privativa de liberdade [Alínea d) do n.º 2 do Art.º 6.º da Portaria n.º 128/2009, de 30 de Janeiro] como também pessoas deficientes ou com incapacidade, pois também estes formalizam ou formalizaram contratos do género [ver alínea, a) do n.º 2 do Art.º 6.º da Portaria n.º 128/2009, de 30 de Janeiro];

Acerca das entidades públicas e privadas que têm celebrado contratos do género, que só servem para satisfazer necessidades sociais ou colectivas temporárias em entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos (ver, no n.º 2 do Art.º 8, Portaria n.º 128/2009, de 30 de Janeiro), era importante que se tornasse pública a listagem com a seguinte informação:
- Nomes das entidades públicas e privadas que têm recebido cidadãos, em idade activa para trabalhar, com este tipo de contratos;
- Discriminação do ou dos Projectos de cada entidade, per-si, e respectiva duração (data de inicio e de fim, e obviamente fases de cada projecto);
- Especificação da Fase do projecto em que cada cidadão “obrigado” (sob pena, de perder o parco subsidio a que tem direito, devido à sua infeliz condição de desempregado involuntário) entrou ou está;
- n.º total de projectos por empresas e n.º total de pessoas que obrigatoriamente entraram nos mesmos;

- Questionário a dar às pessoas para que informem se têm ideia (ou consciência de que estão a participar num projecto) do nome do Projecto ou de qual o seu papel no Projecto, ou inclusive se sabe qual a finalidade do Projecto;
- Formação e experiência profissionais de cada cidadão que formalizou o contrato; actividade desenvolvida (uma das cláusulas do contrato refere que as actividades a desenvolver não podem corresponder ao preenchimento de postos de trabalho) na empresa e em que medida todo o esforço despendido pelo  cidadão lhe foi útil para efeitos de  enriquecimento curricular;

- Formações oferecidas aos cidadãos, quer pelas empresas como pelo IEFP, enquanto ligados a este tipo especifico de contratos;

- N.º efectivo de postos de trabalho (obviamente, não abrangidos neste tipo de contratos de inserção)  de cada empresa por Projecto;

- N.º de cidadãos que durante o contrato tiveram acidentes pessoais (acidentes esses cobertos pelo Seguro de acidentes pessoais, previsto no contrato), e que por consequência faltaram, deixando de ter o direito de receber a bolsa mensal complementar (os tais 20% a mais, calculados sob o valor do subsidio de desemprego), e tudo porque tiveram um acidente no percurso ou dentro das empresas enquanto as satisfaziam nas suas necessidades projectuais;

- N.º de renovações (adendas) aos contratos de inserção e de não renovações, e já agora fundamentos das decisões;

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Questões:
Todos estes desempregados beneficiários de subsídios, a exercer funções temporárias de trabalho socialmente necessário [ver, n.º 6 do Art.º 7.º da Portaria n.º 128/2009, de 30 de Janeiro], que deixam de ter a obrigação de apresentação quinzenal nas juntas de freguesia, não entram nas estatísticas de desemprego, porquê?

Se os contratos emprego-inserção vieram  substituir os contratos de actividade ocupacional, porque razão retiraram o direito ao gozo de 2 dias de férias por mês?

terça-feira, setembro 21, 2010

OPRÓBRIO

Entre nós há "gente" anti-natura !
A discriminação anti-natura face às estações da vida é um contra-senso para um Mundo que se diz evoluído.

À semelhança das estações do ano, que por definição são as épocas em que se faz uma colheita, uma sementeira,..., as etapas da vida Humana são exactamente o mesmo mas, noutra versão.


Os nossos pais juntamente com o nosso País de berço ou de acolhimento, têm a obrigação de preparar a terra para lançar a semente que em e com boas condições  germinará tornando-se numa bela, maravilhosa e frondosa árvore, graças ao esforço despendido por todos sem excepções, que  fará  sombra aos "viajantes do tempo", para que estes possam descansar um pouco antes de colherem os  frutos maduros resultantes do seu árduo préstimo...


O que estamos a  fazer e a deixar  então para  todas as gerações, qual o nosso contributo pessoal e o de quem tem o poder para fazer com que as condições não sejam adversas para o desabrochamento desse tal Mundo evoluído (utopia dirão alguns) ?!



As sociedades tornaram-se de tal maneira hipócritas e interesseiras que estão a passos largos na  direcção do abismo da involução Humana.

Para que alguns tenham o paraíso na terra a outros é imposto o Inferno, e aí está a raiz de tudo!

Permitimos que o Inferno traga o Mundo vivencial, o mine, contamine e destrua lentamente e dolorosamente.

A imagem que temos do inferno é a do fogo que, queima o cerne das massas populacionais, as quais, permitem a alguns e a troco de quase nada usos, abusos e rejeições inexplicáveis, numa gula voraz furta o paraíso em  sua prol e  da respectiva prole.

Ao invés de terrenos preparados para receber e fazer gerar, as sociedades tomaram outras vias graças ao tal individualismo e egoísmo exacerbado de uns que se acham os donos do Paraíso e detentores das chaves que comandam vidas.

Não vêem quão errados estão e o tipo de sacrifícios que estão a impor à raça humana e a todos os seres viventes na Terra.

 Os "donos do Paraíso"  em vez de árvores frondosas preferem-nas flexíveis e jovens, algumas de inicio até dão frutos grandes e bons mas, quando algo não lhes agrada cortam-nas e se for preciso derrubam todas as da mesma família que estão por perto.

As árvores flexíveis, quando não são abatidas ou arrancadas pela raiz,  ao longo dos anos ganham bicho, ficam contaminadas, as pragas são muitas e os predadores naturais, que têm a obrigação e o dever de as livrar das infestações, estão escassos e alguns até se tornaram vegetarianos (são os que lavam as mãos numa filosofia "Pilateana").

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E agora para desenjoar um pouco um vídeo sobre a História das coisas, clique aqui.

domingo, setembro 05, 2010

Pedofilia, todos nus só com um véu

Acredito que existem muitos relatos.

08/01/2008,   20.14 Hrs.
«Paulo R., o educador casapiano recentemente suspenso, confirmou hoje em tribunal que uma das alegadas vítimas lhe revelou ter sido abusada sexualmente pelo ex-monitor Arlindo Teotónio, a responder por 32 abusos sexuais de duas crianças surdas-mudas... um dos cinco jovens surdos-mudos...contou a Paulo R. os abusos sexuais de Arlindo Teotónio ao seu colega mal estes começaram a acontecer, em 1998. »
 
Hiperligação da notícia,
Educador da Casa Pia suspenso confirma relatos de abusos praticados por Arlindo Teotónio (clique aqui)




Os pedófilos aquando dos actos decerto nunca se lembraram:
- que as crianças crescem;
- que as crianças e jovens deficientes também se sabem explicar;
- que as equipas de psicólogos e psiquiatras têm preparação para reconhecer e discernir quem são as vitimas e os abusadores.



«... Na Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), em Lisboa, Luísa Waldherr, psicóloga clínica, ouviu muitos relatos. Nos meses a seguir às denúncias de pedofilia na Casa Pia, "houve um aumento grande" de pessoas que recorriam à APAV para "falar na primeira pessoa de situações de abuso sexual que tinham sofrido", conta. "Mulheres, mas também muitos homens que, aliás, têm mais dificuldade em falar enquanto vítimas. Muitos já eram adultos e até casados", conta a psicóloga...»

 Escândalo da Casa Pia teve o efeito de "acordar" memórias escondidas de abusos entre vítimas hoje adultas.(clique aqui)

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Resumo do Processo Casa Pia na Wikipédia:
Processo Casa Pia (clique aqui)


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, Six men jailed for Portugal child sex abuse. (clique aqui)

A BBC News não está totalmente informada, porquê?

- Porque o único pedófilo que está preso é Carlos Silvino (que também foi vitima quando era miúdo enquanto aluno da Casa Pia e assimilou as violações como sendo uma coisa normal) ao que parece ele tem contado muita coisa à Justiça mas, digamos que este pedófilo não passava de um moço de recados e motorista da Casa Pia, quero com isto dizer que decerto tem conhecimento de muitas coisas mas não de tudo.


- Apesar do colectivo de juízes do processo Casa Pia dar como provados os crimes imputados aos arguidos Carlos Cruz, Carlos Silvino, Ferreira Diniz, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Hugo Marçal e Gertrudes Nunes, os mesmos estão em liberdade dando-se inclusive ao luxo de dar entrevistas nos meios de comunicação social e em horário nobre com uma  nada subtil insaciabilidade voraz e uma língua viperina que tenta ludibriar a opinião pública com uma série de estratagemas. Carlos Cruz após o julgamento disse, num canal português televisivo, numa entrevista ontem à noite (por sinal marcada antes do julgamento), que há gente importante enlameada no processo, por forma a, se ilibar.

Colectivo dá como provados crimes dos sete arguidos.  (clique aqui)

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«Pedro Namora deixou o Campus de Justiça a chorar depois de ouvir do colectivo que foram dados como provados crimes contra pelo menos dois dos arguidos. "Foi um conforto", referiu... Uma das vítimas mais abusadas treme tanto que se sente em todo o banco em que estamos sentados", disse, demonstrando o estado em que se encontram... "São miúdos complemente destroçados", salientou...»

Tive nojo de olhar para os arguidos, disse Pedro Namora (uma das vítimas, agora homem feito) - (clique aqui) 

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Nenhum dos condenados do processo Casa Pia vai, para já, para a cadeia




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Como é então feita justiça em Portugal?

1.º - Os jovens abusados são ouvidos pelo tribunal (ano após ano e demasiadas vezes) tendo de reviver os abusos (de que se lembram) numa constância absurda;
2. º - Os pedófilos obviamente não se sentem culpados porque para eles tudo aquilo é normal e natural;
3.º - Na televisão dizia ontem uma velhota que muitos jovens foram levados para o estrangeiro;


Pergunto-me se dentro de todo este Processo da Casa Pia só terá existido Pedofilia, no sentido da, satisfação individual e pessoal de cada violador infanto-juvenil, per-si, e só no momento do acto efectivamente praticado, para além disso, não existirá uma indústria de filmes porno-infantis?

Sempre ouvi que ninguém dá nada a ninguém sem ter algo em troca e  decerto os pedófilos não andariam armados  todos em "bonzinhos" só a pagar às criancinhas pelos serviços sexuais prestados (à força, acredito que às crianças e jovens lhes deram álcool ou drogas para as coisas correrem bem), decerto teriam de ganhar com isso (não falo só da satisfação libidinosa dos violadores mas, também do respectivo enriquecimento ilícito).

Uma coisa é certa nem os pedófilos contaram tudo nem as vitimas se lembram de tudo.

Quanto aos jovens vitimas que saíram de Portugal pergunto-me qual terá sido o seu destino? Indústria Porno ou satisfação da Indústria (mercado negro) de extracção de órgãos vitais humanos?

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CONCLUSÃO:
Com processos como o da casa pia (fora outras casas que desconhecemos) chegamos à conclusão que a justiça é uma brincadeira entre poderosos e mafiosos...