Há uma coisa que a maior parte dos trabalhadores ignoram, as deslocações de casa para o trabalho e vice-versa são suportadas pelo empregador (excepto se existir veículo próprio da empresa para transportar os empregados/funcionários).
Os Portugueses têm vergonha de exigir aquilo a que têm direito e que está espelhado na Lei para sua protecção e segurança.
Os trabalhadores não têm necessidade de andar todos neuróticos porque os passes aumentam pois se aumentam o problema é dos empregadores que têm de suportar os custos.
Portanto, continuem os trabalhadores armados em ignorantes que fazem muito bem (ao contrário).
Os descontos nos transportes é para desempregados, reformados, etc. isto é para pessoas que não trabalham e têm rendimentos miseráveis.
Para melhor compreensão ler:
« Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro CÓDIGO DO TRABALHO(versão actualizada)
...
Artigo 260.º
PRESTAÇÕES incluídas ou EXCLUÍDAS DA RETRIBUIÇÃO
1 - NÃO SE CONSIDERAM RETRIBUIÇÃO:
a) As importâncias recebidas a título de ajudas de custo, abonos de viagem, DESPESAS DE TRANSPORTE, abonos de instalação e outras equivalentes, DEVIDAS AO TRABALHADOR POR DESLOCAÇÕES, novas instalações ou DESPESAS FEITAS EM SERVIÇO DO EMPREGADOR, salvo quando, sendo tais deslocações ou despesas frequentes, essas importâncias, na parte que exceda os respectivos montantes normais, tenham sido previstas no contrato ou se devam considerar pelos usos como elemento integrante da retribuição do trabalhador;...»
Como os cidadãos são ignorantes e ninguém os informa acerca dos seus direitos (mas, isto não é novidade! Em Portugal sempre foi assim!) acabamos por ler noticias do seguinte género:
«10:48 - 01.09.2011
Por Redacção , com Lusa
...
Esta quarta-feira ficou marcada por uma manifestação de cerca de 200 utentes dos transportes públicos do Porto, junto à estação ferroviária de S. Bento, contra o recente agravamento tarifário. Os utentes consideram que o “passe social+” lançado pelo Governo só atenua o esforço financeiro exigido a pessoas “em situação de pobreza extrema”
...
Os manifestantes insurgiram-se também contra o “aumento generalizado do custo de vida”, em parte devido à alteração da taxa de IVA aplicável à energia eléctrica e ao gás, de 6% para 23%.
Ouviram-se palavras de ordem como “o custo de vida aumenta, o povo não aguenta” e “o povo a trabalhar e o governo a roubar”.
Nos cartazes, liam-se frases como “aumentos nos transportes são uma vergonha” e “atestados de pobreza do tempo de Salazar, não aceitamos” – esta numa alusão à obrigatoriedade de apresentação de um comprovativo de rendimentos mensais inferiores a 545 euros para se beneficiar do “passe social+”.»
O que acho incrível é os próprios sindicatos não informarem os trabalhadores que
quem tem de suportar os custos das deslocação dos trabalhadores de casa para o trabalho e vice-versa são os patrões e depois leio notícias como esta (de meter nojo)
O secretário-geral da CGTP diz que a decisão do governo em beneficiar alguns dos utentes dos transportes públicos irá abranger poucas pessoas. Carvalho da Silva destaca mesmo assim a diminuição de sacrifícios que resulta desta medida.
2011-08-29 19:17:29»
Pois bem
o passe social deveria sim abraçar os cidadãos que têm poucos recursos económicos e somente para as respectivas deslocações relacionadas com a sua vida pessoal e nunca em tempo algum deveria de servir para deslocações relacionadas com a sua vida laboral, essa parte é por conta do patrão!
Para o governo este escândalo todo é bom porque se mostram muito preocupados com os carenciados "oferecendo" passes especiais.
Para os sindicatos é mais uma estratégia para mostrarem que se preocupam muito com os trabalhadores e que estão a seu lado.
TENHAM VERGONHA QUE OS CIDADÃOS NÃO SÃO TODOS IGNORANTES E OS MAIS INCAUTOS ESTÃO DESPERTANDO DO OBSCURANTISMO QUE LHES TÊM VINDO A IMPOR DESDE HÁ DÉCADAS A ESTA PARTE!
Se acham que o código do trabalho está errado porque prejudica os coitadinhos dos empresários então alterem e façam da seguinte forma:
Os cidadãos trabalhadores carenciados podiam passar a pagar metade do passe social +, e os empresários a pagar metade do passe normal, e se estes últimos estiverem muito mal de negócios então que estabeleçam um tecto mínimo para também tenham direito a um passe empresarial +.