Na
sequência do seguinte e-mail enviado, aos encarregado(a)s de educação, pelo(a)
director(a) de turma hoje sábado, dia 04 de Julho de 2020:
«a pedido do Director do Agrupamento de Escolas “X”, faço-vos chegar (aos encarregados de educação) a seguinte informação:
Face à aprovação em reunião plenária pela Assembleia da República da medida de suspensão do circuito de reutilização dos manuais escolares, no contexto da aprovação em votação final do OE suplementar, os AE/ENA que ainda não recolheram manuais já não o devem fazer, e aqueles que já iniciaram a recolha deverão planear a sua devolução, faseadamente e de acordo com as condições concretas de cada comunidade escolar, até data anterior ao início das actividades lectivas de 2020/2021. Caso as famílias que já entregaram os manuais assim o entendam, deve ser dada a oportunidade destes ficarem à guarda do AE/ENA até ao inicio do ano lectivo, para depois serem utilizados, pelos seus educandos, nas semanas de recuperação.
Delegado Regional de Educação do “Y”»
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A minha resposta, via e-mail, foi a seguinte:
«Agradeço a disponibilidade e boa vontade de V/ Exa., Sr(a) director(a) de turma, em informar os encarregados de educação, num sábado à tarde, fora do seu horário de trabalho e após uma semana repleta de trabalho.
Independentemente de ser uma boa notícia para todos os alunos, uma vez mais se confirma a instabilidade, a inconstância, a falta de planificação, etc. de um ministério que de vez em quando desperta para a realidade e resolve as coisas em cima dos joelhos e à pressa. Primeiro decidem que é para devolver, depois decidem que afinal não. Parece uma brincadeira ministerial, uma autêntica brincadeira do gato e do rato.
Uma excelente lição para os administrativos, os professores, as direcções escolares, para as famílias e acima de tudo para todos os alunos, independentemente do escalão de abono de família, já que os manuais foram "oferecidos" por empréstimo do M.E., no ano lectivo de 2019/2020 a todos os alunos e até ficaria mal tirar os manuais das mãos de todos os alunos, sem excepções, que por mero acaso do destino até tiveram um 3. ° Período excepcionalmente anómalo, por causa da pandemia.
Quanto ao prazo de matrículas, pelos vistos, foi prolongado, por via do artigo 11. ° do Decreto-Lei 14-G/2020 de 13 de Março de 2020 (informação que me foi facultada, via e-mail, às 21:14hrs do dia 2 de Julho, pelos serviços administrativos do Agrupamento de Escolas “Y”) só é pena o M.E. não ter transmitido tal informação a todos os AGRUPAMENTOS escolares.
E assim vamos todos ao sabor das ondas e do relento que vai ditando práticas irregulares, insensatas, perturbadoras,...
E fico por aqui, as adjectivações já perderam o sentido, não há necessidade de continuar a desgastar palavras na lixa governamental.
Como encarregada de educação, mãe e cidadã portuguesa de gema, o meu maior respeito por todos os professores, administrativos, directores, e todos os que pela escola pública fazem "das tripas coração" atravessando a meta do horário de trabalho, muito além do que a força humana é capaz.
Dedico a V/Exas. dois versos dos “Lusíadas”:
«em
perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana»
Meus caros senhores e senhoras, a política selvagem e a falta de competência para ocupar altos cargos do Estado português não pode prevalecer.
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