«O Presidente da República defende a alteração da lei eleitoral.
Cavaco Silva considera que a actual lei não permite uma cobertura jornalística adequada da campanha.
O Presidente diz que a legislação deve ser clara e adaptada aos novos tempo.»
http://videos.sapo.pt/MDavmGWJRRSrfBv70mYz
Concordo que a Legislação Eleitoral seja alterada mas, tenho sérias dúvidas acerca da qualidade ou tipo de democracia e direitos de cidadania que Cavaco deseja para os cidadãos em geral deste País.
A máquina eleitoral que temos tido até à data aliada a "estranhos" interesses é que me mete medo, parece-me que há muita coisa que devia de facto ser mudada mas, que não interessa ao pequeno estado dentro do grande Estado, como por exemplo passarem a acrescentar nos boletins de voto mais duas hipóteses de escolha que são:
- ABSTENÇÃO;
- NENHUM DOS CANDIDATOS.
Afinal o poder pertence ao povo e as eleições são o melhor instrumento que todos nós temos ao nosso dispor para escolhermos as pessoas adequadas para nos representar e defender em lugares de poder.
Diria que as autárquicas são as eleições mais importantes, porque através delas escolhemos as pessoas competentes, com ética, enfim com perfil adequado ao(s) cargo(s) distinto(s) a que se candidatam.
Quem é competente fica, quem não é bom naquilo que faz sai e é substituído.
Gostaria de partilhar convosco uma hiperligação de uma imagem resultante de vários print screen's de um grupo no facebook, os comentários constantes na mesma mostram a aversão que "representantes" (julgo eu) de máquinas partidárias têm à mudança.
Leiam e concluam por vocês mesmos.
https://dl.dropboxusercontent.com/u/81099047/Blog/A_alteracao_da_Lei_Eleitoral_incomoda_muitos_interesses_obscuros.jpg
Nota adicional:
ao entrarem na hiperligação poderão aumentar o texto clicando com o botão do rato do lado esquerdo.
A minha perspectiva, enquanto cidadã comum e ser humano, de ver, analisar e interpretar o Mundo assente em experiências, sonhos e muito mais.
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quarta-feira, outubro 09, 2013
Há interesses que não permitem uma alteração séria da Legislação Eleitoral
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domingo, outubro 06, 2013
Democracia é quando o poder e vontade do povo se exerce plenamente nos actos eleitorais.
Na seguinte hiperligação
http://visao.sapo.pt/consulte-todos-os-resultados-das-autarquicas-2013=f750788
Se pesquisarmos: Faro; Concelho - Olhão ; Total Concelho
Vemos que a abstenção foi de 58,44%, sendo que há uma nova
situação, a das "abstenções presenciais", ou seja, a dos eleitores
que fizeram questão de se deslocar às secções de voto para deixarem bem claro
que nenhum dos candidatos apresentados nos boletins de voto serviam ou eram
recomendáveis para ocupar os lugares de poder autárquico.
Alguns eleitores inclusive manifestaram o seu protesto por
escrito (em modelo fornecido pela CNE) nas mesas de voto.
A abstenção presencial está prevista na Lei
«LEI ELEITORAL DOS ÓRGÃOS DAS AUTARQUIAS LOCAISArtigo 1º1 – É aprovada como lei orgânica a lei que regula a eleição dos titulares dos órgãos das autarquias locais......SECÇÃO IIModo geral de votação...Artigo 115ºModo como vota cada eleitor...6—SE O ELEITOR NÃO PRETENDER EXPRESSAR A SUA VONTADE EM RELAÇÃO A ALGUM DOS ÓRGÃOS A ELEGER, ESSE VOTO SERÁ MENCIONADO NA ACTA COMO ABSTENÇÃO, DESDE QUE SOLICITADO PELO ELEITOR, e deverá ser tido em conta para os efeitos do artigo 130.º....Artigo 130ºContagem dos votantes e dos boletins de voto1— Concluída a operação preliminar, o presidente manda contar o número de votantes pelas descargas efectuadas nos cadernos de recenseamento.2— Em seguida, manda abrir a urna, a fim de conferir o número de boletins de voto entrados em relação a cada órgão autárquico e, no fim da contagem, volta a introduzi-los nela.3—EM CASO DE DIVERGÊNCIA entre o número dos votantes apurados e o dos BOLETINS DE VOTO CONTADOS, PREVALECE, PARA FINS DE APURAMENTO, O SEGUNDO DESTES NÚMEROS.4—Do número de boletins de voto contados é dado imediato conhecimento público através de edital, que o presidente lê em voz alta e manda afixar à porta da assembleia de voto. ..»
Assim sendo, para a CNE a abstenção presencial tem o mesmo
valor que os votos em branco ou os votos nulos, ou seja, não têm influência
absolutamente nenhuma no resultado final e assim mesmo que os votos brancos +
os nulos + os da abstenção presencial ultrapassem os 50% a eleição é válida e
os candidatos assumem o poder...
No caso de Olhão se somarmos as percentagens de votos
brancos, de votos nulos e de abstenções (presenciais e não presenciais) teremos
66,7%.
Qual será a moral ou ética dos que assumem o poder com
percentagens destas?
Qual será a moral e a ética da CNE quando não coloca a
palavra "Abstenção" nos boletins de voto? Sim, porque os
abstencionistas presenciais não tiveram direito ao voto secreto .
Por outro lado o termo abstenção é um pouco manhoso, pode
ter várias interpretações e uma delas (que já ouvi de alguns comentadores, nos meios de comunicação
social) foi de afirmarem que os abstencionistas querem abolir os partidos e acabar com a
democracia.
Assim sendo, a única solução, para ultrapassar qualquer
interpretação mais manhosa relativamente à vontade do eleitorado, é que a partir
das próximas eleições acrescentem nos boletins de voto mais duas hipóteses de escolha:
- Abstenção
- Nenhum dos candidatos
Assim não restariam dúvidas no que se refere à decisão dos
eleitores acerca de quem querem de facto nos lugares de poder.
Acredito que com o acrescento de mais duas possibilidades de
escolha (abstenção e nenhum dos candidatos) nos boletins de voto muita gente
passaria a votar em "Nenhum dos candidatos" em vez de votar em
branco, anular os votos ou mesmo abster-se (presencialmente ou não).
Se as pessoas/eleitores soubessem que têm a hipótese de
escolher "Nenhum dos candidatos" as eleições tomariam outra dimensão,
a dimensão da democracia e aí o poder do povo exercer-se-ia finalmente.
Ao escolheremos "Nenhum dos candidatos" estaremos
finalmente a avaliar quem tomou o poder como que por assalto, achando que o
poder é um dado adquirido e fez do poder carreira profissional; o poder não se
compra nem se vende, o poder ganha-se por merecimento; e assim os eleitores
teriam o poder de avaliar, dar nota negativa (por meio dos actos eleitorais) a quem
tem dado provas de não ser fiável nem merecer o lugar de representação de todo
um povo, no poder local, regional, nacional ou Europeu. Assim não restariam
dúvidas no que se refere à decisão dos eleitores acerca de quem querem de facto
nos lugares de poder.
Escusado será dizer que face a uma nota negativa por parte do eleitorado,
novas eleições deviam ser marcadas (a nível local, nacional ou Europeu,
dependendo do tipo de acto eleitoral) com nova lista de candidatos, sendo que
os candidatos iniciais (os eliminados pela população) não poderiam ocupar
lugares de poder público nos próximos anos.
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