quinta-feira, março 11, 2010

"Greve é coisa do século passado", diz presidente da TAP (Fernando Pinto)

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Concordo que as greves já não resolvem nada precisamente porque a precariedade dos trabalhadores está no auge (nunca esteve melhor do que agora), isto é, a TAP, tal como a maior parte das empresas em Portugal, criou ao longo dos anos várias formas de evitar o pagamento de salários dignos e à altura dos profissionais mais, chegaram à conclusão que deviam evitar que os trabalhadores tivessem direito a carreira profissional e a segurança no emprego (o que não é bom para um País que acha que a família é importante e que deve ser preservada).

Arranjaram várias estratégias ao longo dos imensos anos e aprenderam com a experiência que a criação de empresas paralelas era bom para as empresas, aí apareceram a groundforce, Portugal; as Lojas francas de Portugal, S.A.; e sabe-se lá mais quantas, para além destas, nasceram e germinaram em força (tipo cogumelos) as empresas de trabalho temporário, contratadoras vorazes de "trabalhadores sazonais".

Todos esses trabalhadores exercem funções na TAP. Com estes esquemas "macabros" todos ganham menos os trabalhadores.

Gostaria de referir que as empresas de trabalho temporário existem há demasiado tempo (o rumo que tomaram é inumano) por exemplo, em 1985 a TAP tinha o duty free shop da TAP e as caixas de balcão eram recrutadas por uma empresa chamada ESTA - Gestão de Hotéis, Lda. que estava sediada em Lisboa...

Também gostaria de contar umas pequenas histórias experimentadas por mim:
- Mais ou menos no ano de 1988 trabalhava eu na TAP como oficial de tráfego, no sector do acolhimento, no fim de 6 meses de trabalho árdua e duro o contrato não foi renovado e a avaliação atribuída foi sofrível, não se sentindo satisfeitos com a maldade ainda me deram conhecimento de um documento que referia que por unanimidade dos supervisores novo contrato estava fora de questão (no verão do ano seguinte voltei a formalizar contrato, ensinei as funções aos novatos e no final tive nota mais baixa do que eles).
- Uma colega minha que dava as maiores calinadas no Inglês (por exemplo quando queria que os passageiros entrassem no autocarro dizia: between the bus.) que só tinha na época o 2.º ano do ciclo (actualmente chamado 6.º ano) teve melhor nota do que eu. As cunhas têm destas coisas e as pessoas não são avaliadas pelo profissionalismo e desempenho mas sim por outros critérios (o comum do cidadão sabe disso e as empresas ainda não concluíram que a qualidade dos seus serviços está em causa e que uma empresa assim não consegue sobreviver por muito tempo). Um dia fiquei a saber que a minha colega e respectivo marido (oficial de tráfego de placa) que sempre tiveram excelentes avaliações por parte das supervisões, aldrabaram a empresa, com todos os dentes que tinham (ele por exemplo nem a carta de condução tinha e quanto à escolaridade nem o 11.º ano), e acabaram por ser convidados a demitirem-se.

Quanto às empresas que contratam "trabalhadores sazonais" para trabalharem na TAP só tenho a dizer, os passageiros que não se admirem por terem de continuar a fazer umas "visitinhas" aos perdidos e achados (lost & founds)pois, há precários que estão dentro dos porões dos aviões a arrumar as bagagens e que de repente (como quem não sabe porquê) abrem-se malas e objectos do tipo máquinas fotográficas, de filmar, entre outros, colam-se-lhes nas mãos. Querem um conselho: comecem a fazer análises à urina desses trabalhadores e vão ver que detectarão substâncias estranhas...

Por tudo isto e outras coisas que desconheço só tenho a dizer:
- aumentos salariais só para os salários até 1500€ os outros ficam congelados (pelo menos durante 2 anos) ;
- quanto à TAP se não é viável (com todos estes truques de magia, a nível de recrutamento), mesmo tendo a fama de cobrar os bilhetes de avião por preços que não lembram nem ao diabo, então acabem já com a empresa...

VIVA O TRANSRAPID EUROPEU

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sábado, fevereiro 20, 2010

Sim ao MAGLEV (Magnetic levitation transport)

In:
http://megaprojectos.wordpress.com/2009/01/15/existem-pelo-menos-10-projectos-em-alternativa-ao-tgv/

Na link acima vi o abaixo transcrito e comentei:

"Existem pelo menos 10 projectos em alternativa ao TGV
By amarquet

10 mega projectos, em alternativa ao TGV e que talvez valham mesmo a pena:

1. Rege inteligente de abastecimento para carros electricos.
2. Carro Electrico.
3. Computador.
4. Chip (CPU).
5. Central termo-electrica nuclear.
6. Sillicon Valley – cluster IT.
7. Emissões de CO2 a zero, até 2020.
8. Modernização das forças armadas.
9. Empresa de telemóveis.
10. Marca de roupa desportiva com alcance internacional."


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O Meu comentário:

"Discordo completamente do ponto 5 há outras formas de energia naturais a aproveitar...

No que se refere ao ponto 8 concordo só se estas trabalharem cientificamente e tecnologicamente com o fim de para além de protegerem a Nação devem fazer com que a progressão e avanço sejam plenos (desenvolvimento da Engenharia na área da criação de aviões entre outros transportes independentes do petróleo; de edificios à prova de danos materiais e protecção da população em caso de calamidade natural ou humana e já agora experiências espaciais).

Quanto ao ponto 10 para além do vestuário (não só desportivo); o calçado; as bebidas (sumol, medronho, etc);os pratos regionais e doçaria; as laranjas Algarvias; as batatas Nortenhas; os figos; a alfarroba; o azeite; etc.

Eu acho que Portugal devia de desistir do TGV (que está a ficar ultrapassado) e ser pioneiro na Europa do MAGLEV (Magnetic levitation transport).

http://www.maglev.in/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maglev

A Alemanha também está a desenvolver o Transrapid, um comboio de levitação magnética.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comboio_de_alta_velocidade#Pa.C3.ADses_servidos_com_redes_de_comboios_de_alta-velocidade

Decerto deve ser muito mais caro do que o TGV e como até somos um País pequeno só temos de fazer uma linha de Lisboa a Portalegre, o resto é com o País irmão (até Madrid).

http://www.ciari.org/opiniao/alta_velocidade_ferroviaria.htm

"... o Japão está sempre um passo mais à frente e avança já com projectos mais ambiciosos. Esses projectos passam por uma área muito específica do transporte ferroviário: os comboios de levitação magnética, ou em inglês, Magnetic Levitation. Este sistema muito particular e de especial complexidade técnica, assim designado de MAGLEV consiste, em linhas muito gerais, num veiculo que circula numa estrutura elevada e apenas com um carril central, deslizando sob o efeito de repulsa de cargas electromagnéticas. Por esse motivo o veículo pode circular a alguns milímetros de distância da estrutura que lhe serve de guiamento, reduzindo o atrito e podendo assim alcançar velocidades verdadeiramente impressionantes."


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sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Para bom entendedor meia palavra basta.

O BARRETE SERVIRÁ A QUEM DE DIREITO:



Dia 10/02/2010 o sr. Paulo Portas deu ideias para que
«... fossem os políticos a dar o exemplo no espírito de contenção e sacrifício que se exige ao país para este ano, abdicando do 13º mês...».

Para começar «... este ano...» porque decerto está-se mesmo a ver para o ano e os próximos para quem será! (para a população assalariada? e depois para os desempregados involuntários??)

Notícia em:

CDS propõe cortar salários dos políticos


Ok, vou direita ao assunto (pequena experiência de vida) que na realidade me fez relembrar esta notícia aparentemente digna e recomendável.

Sim, fez-me lembrar de algo que aconteceu comigo no passado (há +- 22 anos)e adivinhem passo a contar:

- Trabalhava eu como caixa de balcão num duty free shop (em Portugal) e estávamos na época do Natal. A chefe de loja (única na altura) deu ordens expressas para passarmos a encher o expositor rotativo de Swatch's (relógios de pulso , dentro de um género de gavetinhas, digamos que cabiam no total aí entre 30 a 50, colocados em cima do balcão à disposição dos passageiros)e não trancá-lo (quero referir que tínhamos por habito encher o expositor e trancá-lo para evitar roubos).

Na loja trabalhavam 5 pessoas ao todo (contando com a chefe) no fim do ano tivemos de contar o material em armazém e na loja (como é normal em qualquer loja) agora o que não foi normal foi terem desaparecido precisamente 5 Swatchs's (cinco relógios).

Ora a chefe disse que na sede (em Lisboa) era melhor não saberem do sucedido e que podíamos resolver a situação no local, adivinhem a proposta... a Srª chefe achou que cada uma (incluindo ela própria) pagava 1 relógio e as coisas ficavam resolvidas.

Toda a gente concordou menos eu, e defendi-me mencionando que ela era a maior responsável por ter dado ordens para não trancar-mos o expositor, ao que ela respondeu que os relógios poderiam ter sido roubados quer por passageiros ou por qualquer uma das caixas de balcão. Eu, então fiz questão de referir que dentro do campo de possibilidades ela também estava incluída.

As minhas colegas (incluindo a chefe) concordaram em dar o valor correspondente a 1 relógio (cada uma) ficando todas contra mim por não entrar na "jogada".

Para não me aborrecerem afirmei então que quando recebesse o prémio anual pagaria a minha parte mas, nunca o fiz e isso não me preocupou absolutamente nada pois, não poderia ter peso na consciência por algo que não fiz, isto é, não tenho por hábito ficar com o que não é meu, aliás, pouco tempo depois fui trabalhar para outra empresa).

Agora andemos uns anos mais à frente:
Há poucos anos atrás fiquei sabendo que essa Sr.ª foi apanhada em flagrante com dinheiro (um porradão de notas) dentro do sapato, que as colegas andavam de olho nela e que acabou por ser apanhada...


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Voltando à notícia inicial e depois de ter contado esta breve história que aconteceu comigo acho que me fiz entender. Como se costuma dizer: - Para bom entendedor meia palavra basta.

Acho justo que quem roubou ao longo de vários anos (e até décadas) do erário público e dos dinheiros dos fundos comunitários deverá devolver o dinheiro aos cofres do Estado. Agora fazerem com que outros que nada têm a ver com isso paguem é vergonhoso.

Tenho dito.