No seguimento do seguinte comentário de,
Jose Manuel Fernandes (jornalista)
- Mais 677 mil eleitores nas listas, apenas mais uns 55 mil votantes. Alguém terá de explicar cadernos eleitorais e recenseamento "automático"
Seg às 1:17 (28/Setembro de 2009)
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comentei o seguinte:
Eu:
- Questões: nesses 677 mil (+ coisa menos coisa) estão incluídos os emigrantes Portugueses (esses votaram fora de Portugal?). Há maior número de Portugueses em Portugal ou fora de Portugal? Porquê o método de Hondt na escolha de deputados? Se os Portugueses que votaram deram nota sofrível a todos os partidos porque razão são eleitos tantos deputados?... Seria bom ter um gráfico actualizado da emigração Portuguesa, onde conseguir?...
Seg às 11:42
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João Titta Maurício:
- O problema nem são os emigrantes porque a maioria dos que são considerados portugueses são-no apenas por Portugal e a maioria nem requer passaporte português.
A maioria dos "eleitores-fantasma" são mesmo daqui e, creio (nunca fiz nenhum estudo nesse sentido) estão colocados nos maiores círculos eleitorais. Para assim não perderem deputados. Ou autarcas. É uma estratégia muito comum nos partidos... que assim se estende ao País.
Terça às 15:41
- O método de Hondt foi o escolhido pelos deputados constituintes. Propõe-se proporcionar uma boa representação das minorias e evitar as maiorias monopartidárias (nesta última está farto de falhar... LOL)
Terça às 15:42
- Quanto à pergunta porque são eleitos tantos deputados? Não sei se são assim tantos... mas o seu número, uma vez mais, é constitucionalmente fixado e não varia de acordo com o número de votantes, pois apenas são contabilizados os votos validamente expressos numa das candidaturas.
Ontem às 15:47
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Eu:
- Não posso concordar de maneira nenhuma! esses cálculos não têm lógica nenhuma, toda a população (100%) em idade útil para votar conta e é inadmissível que a base dos cálculos parta só do n.º total de votantes... isto é um completo desrespeito perante os que não votaram (pelas mais variadas razões).
Uma vez mais estamos perante a lógica da batata.
Para umas coisas a crise é sempre a justificação que os inteligentes arranjam mas, para os tachos e a incompetência de brincalhões e destruidores de vidas humanas e famílias inteiras aí faz-se o cálculo de acordo com interesses pessoais.
Não me digam que não há ninguém neste País que não saiba aplicar a matemática aos direitos de inclusão de cidadania.
Neste jogo todos (os cidadãos) contam e ninguém fica de fora... e vejam lá se fazem o cálculos correctamente e logicamente... se não houver ninguém em Portugal que saiba fazer contas então vejam se aprendem fora de Portas...
Terça às 16:04
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João Titta Maurício:
- Desculpe mas não percebi a sua objecção... culpa minha, naturalmente.
Está a falar da conversão dos votos em mandatos? Se sim, e uma vez que me parece objectar a que só contem os votos expressos, como (em que sentido) convertia o voto dos que não manifestaram qualquer sentido de voto?
Terça às 16:14
- De facto, há teses que tentam conciliar a sua proposta, mas, reconheço, não conheço nenhum país onde a tenham aplicado.
Terça às 16:16
Sobre as demais considerações sobre cálculos... confesso: deixam-me baralhado!
Se calhar não respondi às suas dúvidas... mas, repito, tenho imensa dificuldade em perceber o seu sentido e alcance.
Terça às 16:17
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Eu:
- ok, compreendo e informo que nunca fui boa a matemática mas... vamos imaginar que todos os Portugueses (vivos) > de 18 anos cumprem literalmente o direito de voto, diga-me haveria lugar para todos na Assembleia da República?
Terça às 16:33
- Os meus cálculos seriam de outra forma. Aos resultados da formula de Hondt e ao nr. de deputados que resultou da mesma, subtraía a cada grupo parlamentar a percentagem de abstencionistas e isto daria um número significativamente inferior ao nr. de deputados já escolhidos. Esta seria a forma de castigar quem anda a brincar à politica sem se preocupar com o progresso de um País e a felicidade dos seus cidadãos. Acredite que com novos cálculos começavam a levar isto mais a sério, acabavam-se os tachos.
Terça às 18:21
- Assim, quando um País fosse mal governado, no acto eleitoral, os cidadãos avaliariam o desempenho dos políticos e estes ficariam sujeitos à diminuição de lugares (menos deputados) na A.R..
Eu abstive-me como forma de dar nota negativa ao governo e respectivas bancadas parlamentares. Podia ter votado em branco mas, acho que esse voto é para os indecisos; podia ter anulado o voto riscando-o ou escrevendo umas parvoíces ou até podia ser ignorante, analfabeta, jovem inconsequente, ou seja, agir como se a "vida" de um País fosse uma brincadeira.
Terça às 18:28
- Mas eu abstive-me, dei nota negativa e os resultados eleitorais são prova de como continuaram a brincar com a vida dos cidadãos e estes simplesmente não foram votar (acredito que alguns não foram votar por outras razões tais como estarem fora do País, fora da freguesia ou distrito, ou porque já estão fartos e já desistiram, enfim por um cem nr. de razões). Pensem nisto pois acho que é de extrema importância. Fica o País a ganhar.
Terça às 18:28
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João Titta Maurício:
- Sobre a 1 pergunta (se, hipoteticamente, todos os cidadãos portugueses votassem) claro que o número de deputados seria o mesmo. Não está relacionado com isso, aplicando-se aos votos válidos e expressos. Independentemente do número de votantes de facto...
Quarta às 03:47
- Sobre o seu 2.º post, como dissem há propostas que, em tese, prefiguram uma solução semelhante à sua: o parlamento seria composto por uma percentagem de deputados equivalente à percentagem de votos expressos.
Dois problemas:
Por um lado, a função do sistema eleitoral não é essa. Nem tampouco é criar obstáculos que proporcionem um caldo político conflituoso.
Por outro, não sendo possível determinar o número real de abstencionistas (calcula-se que as listas tivessem perto do 10% de "fantasmas"), como pode aplicar esse valor?
Quarta às 03:48
- Se o País é mal governado... isso deve-se às escolhas feitas pelos eleitores: pelos que votaram e poderiam escolher melhor; e pelos que podendo votar (e candidatar-se) optaram por se alhear e dedicar-se ao mais característico dos "desportos tuga": o criticar os que fazem e não mexer uma palha para tentar fazer melhor...
São os "tugas" que falam contra a corrupção... mas sempre que podem "metem uma cunha" para o empregozinho ou passar à frente da fila.
São os "tugas" que falam contra os impostos e a evasão fiscal... mas que, "por baixo da mesa", pagam "biscates", oficinas, mulher-a-dias e tudo o mais... e ainda cham mal se lhe chamam à atenção, pois "cada um deve fazer pela vida"...
Quarta às 04:49
- Não estou a dizer que é o seu caso... estou a falar do "tuga" típico.
Quarta às 04:50
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Eu:
- Sr. João Maurício discordo completamente de tudo o que para si é normal, sempre foi normal e aparentemente deve continuar assim (para si tem de ser não é? e o que tem de ser continua a ter muita força, é isso?).
O Sr. disse "Se o País é mal governado..." - SE????! portanto acaba por formular uma suposição, isto é, não confirma o facto de que o País é (ou tem sempre sido) mal governado, certo?
Quanto ao "caldo politico conflituoso" pergunto-lhe não é o que existe neste momento (escutas, demissões de jornalistas, suspeitas a advogados, submarinos, discurso do P.R.,etc.).
Assim, para si tudo o que venha a colocar obstáculos ao abuso e à incompetência de quem quer que seja que tenha a obrigação de defender os direitos e interesses gerais de todos os cidadãos e do País acaba por ser indesejável.
Deixe-me que lhe diga de velhos do Restelo e de alérgicos a grandes reformas do Estado de direito está o Inferno cheio...
Quarta às 14:15
- Diga-me o sr. é o Sr. João Titta Maurício
Professor universitário e ex-dirigente do CDS/PP ??
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=detailFo&rec=1630
Quarta às14:54
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Agora aguardarei a resposta à minha última pergunta da parte do Sr. João Maurício.
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Agora para deitar mais lenha na fogueira também vou transcrever outro comentário que acho ser de grande importância para o País:
Eu:
- Fazer coligações depois dos resultados eleitorais é inconcebível, é trair os eleitores, aliás, deveria de ser considerado como acto de traição ao País. Coligações sim, mas antes de eleições (é mais claro e assim os eleitores sabem ao que vão).
Terça às 20:08 (29/10/2009)
Ana Bravo e Anibal Miranda gostam disto.
Gisela Taborda:
- completamente de acordo...
Terça às 20:53
Ana Bravo:
- Oh, Francisca!Mais do que isso!Os eleitores deviam saber em que Governo votam!Em que governantes!!Ou seja...em que Ministros e Secretários de Estado vamos votar!!Isso sim, seria democracia directa e transparente!!!
Quarta às 10:22