sábado, março 14, 2015

Aos médicos do SNS o meu maior respeito

Enquanto cidadã Portuguesa, desempregada involuntária de longa duração, em situação de doença tenho a dizer que lamento o desrespeito com que o Ministério da Saúde tem vindo a tratar os médicos, e os utentes do SNS nos vários serviços públicos de atendimento, que fazem os possíveis para ajudar os pacientes com os insuficientes instrumentos e meios que o Ministério da Saúde coloca ao seu dispor. O sr. Ministro da saúde devia saber que sem ovos não se faz omeletes, sem forno não se faz pão… Se ao sr. Ministro lhe dessem um gabinete sem os instrumentos necessários ou com os instrumentos desadequados para exercer a sua função muito provavelmente não atingiria os objectivos a que se propôs antes de ascender a um lugar tão distinto.

Ontem descobri na plataforma do ministério da saúde que não tenho direito a reclamar do SNS, fiquei triste com o que vi na plataforma dos serviços do ministério da Saúde. 

Clique na seguinte frase para abrir a hiperligação:


No que se refere a esta frase (escrita a vermelho por baixo do valor referente ao «Rendimento Mensal» ) só tenho a dizer: - «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem»


Foi assim, desta maneira "dura, crua, nua e fria" que finalmente entendi a razão do tipo de respostas que o Ministério da Saúde (e não só) tem vindo a dar às minhas várias reclamações, todas as minhas criticas têm sido construtivas e até determinada altura até achei que esta seria a melhor forma de prestar tarefas úteis à sociedade mas, enganei-me redondamente, afinal para os sucessivos governos as tarefas úteis à sociedade só são aquelas que eles escolhem em forma de contrato de RSI, de contrato de inserção profissional e afins em que os cidadãos trabalham e são pagos com parcos subsidios da Segurança Social.

Sr. Ministro a saúde não tem a ver só com dinheiro e para a saúde (e não só) não deveria haver contenção de custos.

Quando os médicos tratam as pessoas doentes utilizam os conhecimentos que ao longo de anos absorveram, a praxis fá-los crescer mas, algumas vezes precisam da mão de Deus para os ajudar, para os guiar nos tratamentos adequados. Já agora aproveito para agradecer ao Dr. Victor Martins (cirurgião da unidade pediátrica de pneumologia do Hospital de Santa Maria de Lisboa) e à equipa que, há 2 décadas atrás, trataram e salvaram (com o apoio de Deus)  um dos meus filhos. Se nessa época os médicos me respondessem tal qual alguns médicos me têm vindo a responder ao longo desta última década o desfecho teria sido diferente.

Quero agradecer ao Dr. Eusébio Pinto, meu ex-médico (porque se reformou) de família pela paciência que teve para comigo e pelo pouco que conseguiu fazer por mim, graças às sucessivas contenções de custos na saúde. Eu sei que o Dr. me ajudaria mais se isso estivesse nas suas mãos.

Espero que o Dr. Manuel Alveirinho, meu actual médico de família não tenha de passar “as passas do Algarve” como o Dr. E.P. passou e se conformar com as contenções de custos, com a falta de meios e de condições para despoletar os  instrumentos necessários para tratar as pessoas como deve ser, logo desde a fase inicial da doença, espero do fundo do coração que consiga exercer a sua função na plenitude. Agradeço ao Dr. M.A. os conselhos e o apoio (dentro das medidas do possível) que me tem dado, é uma honra tê-lo como médico de Família.

À Dra. Fátima Peralt Lopes, neurocirurgiã agradeço que tenha valorizado as minhas queixas e lamento que até à data, para o meu caso,  não tenha sido criada uma equipa médica com médicos de outras especialidades para além da sua especialidade, porque o meu problema não é só neurológico, para além disso, eu quero ser operada num hospital público e por médicos que tenham boas taxas de êxito no tipo de intervenção cirúrgica de que necessito.
Os hospitais têm de se responsabilizar pelo tipo de tratamento que dão a seus doentes, é inacreditável que “lavem as mãos” como “Pôncio Pilatos”, através do envio de um vale cirurgia com 3 hospitais privados à escolha do paciente, depois de anos de sofrimento não é em cima dos joelhos e à pressa que a coisa se resolve, a minha vida não é um jogo de euromilhões ou raspadinha em que se acertar ganho e se não acertar perco.

Em todo o lado há bons e maus profissionais mas, limitar o exercício profissional dos bons profissionais a obstinadas contenções de custos é imoral, é degradante e desumano. Um bom profissional é aquele que também se responsabiliza pelo que faz e quando erra reconhece, aprende com os erros não os repetindo e pede desculpa sempre que necessário.


Que Deus ilumine os nossos caminhos e nos resgate da obscuridade das dividas geradas por gente maquiavélica…

sexta-feira, outubro 24, 2014

Greve dos administrativos e auxiliares dos hospitais


Sem dúvida que a falta de pessoal e de material  faz com que  condições de trabalho do pessoal (médicos; enfermeiros; auxiliares; técnicos e especialistas de saúde; administrativos) se deteriorem imenso e quem paga são os cidadãos que necessitam de cuidados de saúde.

Não há condições para ninguém neste País excepto para os políticos, única profissão que dá direito de facto a carreira profissional e  (aparente) estabilidade dos que a exercem.

Os Srs. do poleiro querem que as mulheres deste País tenham filhos dizem que é por causa da baixa natalidade mas, depois não sabem como meter a máquina a funcionar, por forma a, que os serviços públicos funcionem como deve ser, sim que funcionem a favor dos utentes, afinal cada gravidez leva dentes (e não só), não é?

Em dia de greve os jornalistas vão para as portas dos hospitais e centros de saúde, falam com os utentes que se sentem incomodados por não serem atendidos pelo serviço de saúde no dia de greve mas, os Srs. jornalistas não entram dentro dos gabinetes médicos para verem as condições com que estes trabalham, pois não?

Vamos  exemplos?

Aqui vai

- Centro de saúde de Faro, Algarve, Portugal

O jovem dentista que está no consultório, que recebe utentes carenciados:

- Não tem assistente para o ajudar enquanto repara os dentes;
- A cadeira de dentista (onde os pacientes se sentam) está a cair aos bocados, razão pela qual hoje em pleno dia de greve não tive a consulta, que marquei há mais de 1 mês, para tratar de uma das infecções dentárias que tenho;
- Se precisa de ver um CD de um exame imagiológico tem de sair do seu gabinete porque o computador do consultório não está preparado para fazê-lo;
- Se detecta uma infecção num dente do siso tem de requerer consulta para o utente no Hospital de Faro, o que leva imenso tempo.


Será que o Sr. ministro da saúde desconhece que:

- Numa infecção dentária o cérebro está sempre recebendo sinais de infecção e envia constantemente "os polícias do organismo" para o combate,    se a infecção não for tratada a tempo pode levar à morte associada a sepse que advém precisamente de disfunção orgânica aguda ou falência de múltiplos órgãos devido a infecções secundárias ou complicações decorrentes da doença de base, no caso de uma infecção dentária não tratada a tempo.

 - Em Faro estão sendo enviadas crianças (inclusive com idades até 10 anos), que antes eram seguidas por terapeutas (exemplo: terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais) nas consultas externas do Hospital de Faro, para consultas de psicologia no hospital psiquiátrico de Faro? Acha normal que crianças que conseguem atingir medianamente objectivos escolares e que vão evoluindo sejam atiradas de repente para consultas num hospital psiquiátrico? Também deve achar normal que psicólogos insistam em receitar medicamentos com o princípio activo metilfenidato (do grupo das anfetaminas), quando por exemplo no Brasil  a administração deste tipo de medicamento está proibida  a crianças;

- Por exemplo os bochechos de flúor não podem ser dados a crianças cujo autismo está adormecido ou a pessoas com problemas na tiróide? Por mero acaso mandará o programa de bochechos quinzenais nas escolas públicas fazer análises prévias à urina das crianças de verificação dos níveis de fluoretos no organismo? Ou a assinatura de encarregados de educação (menos esclarecidos) dando permissão para os tais bochechos é suficiente para que a culpa dos serviços de saúde "morra solteira"? Até quando os Srs. Ministros da saúde em Portugal continuarão a ser como o Poncio Pilates, os médicos e técnicos de saúde os carrascos e os pacientes Jesus Cristos?

- Por exemplo em questões neurológicas sensíveis os utentes devem ser operados por médicos que apresentam taxas de êxito em vez de condicionarem os pacientes à sua região de residência?

- …
Afinal quando é que os profissionais da saúde e os utentes dos serviços públicos são tratados como deve de ser, com o respeito e com a dignidade que merecem?
O QUE RAIO SE PASSA NESTE PAÍS sr. Ministro?
O sr. Ministro da saúde ou é um incompetente ou está alheado da realidade que afunda este País a passos acelerados.




sexta-feira, outubro 10, 2014

SAVE THE ALGARVE FROM OIL AND GAS EXPLORATION



«MORTE NO ALGARVE

Uma teoria da conspiração passou à realidade
Condena-se um paraíso a uma calamidade

Foi destruída uma cultura milenar ligada ao mar
Políticas suicidas para a pesca e industria matar
De um ano para o outro o marisco da Ria Formosa
Passa a merda o que era ouro, mais uma verdade mentirosa

Não! Petróleo no Algarve!
Não! Morte no Algarve!

Pouca gente vive do mar e quem vive está ilegal
Matam a contestação, abre-se a porta ao capital
Nos media nada se fala, a morte entra em silêncio
A população moribunda procura emprego num anúncio

Não! Petróleo no Algarve!
Não! Morte no Algarve!

Onde antes encontravam comida animais estão condenados
Num cemitério aquático encontrarão petróleo derramado

No sul de Portugal, um ecossistema único no mundo
Petróleo foi encontrado no fundo
Estuário único no mundo, a natureza foi vencida pelo capital
A fauna e a flora serão defuntos, a morte será vital!»

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Sign the Petition :

SAVE THE ALGARVE FROM OIL AND GAS EXPLORATION - SALVAR O ALGARVE DA EXPLORACAO DE GAS E PETROLEO


https://www.change.org/p/say-no-to-oil-rigs-in-the-algarve-diz-n%C3%A3o-%C3%A0s-plataformas-de-petr%C3%B3leo-no-algarve